Conheça agora o Cemitério Recoleta, um impressionante destino de turismo inusitado em Buenos Aires!
Pois nós te deixaremos aqui uma dica de passeio super bacana e inusitada.
Embora o Cemitério da Recoleta seja um ponto turístico já tradicional de Buenos Aires, ainda é um destino inusitado para a maioria das pessoas que não curtem em nada uma visita ao campo santo, um local de sepultamento e que reside no imaginário delas apenas como um local associado à perda e tristeza.
Tudo bem que, bem na hora em que visitamos o Cemitério da Recoleta, o céu fechou e começou a chover logo que entramos! Ok, foi, como alguns dizem, "sinistro", mas isso não nos impressionou.
A chuva apenas nos dificultou turistar por lá e não conseguimos explorar o cemitério como desejávamos.
Os cemitérios constituem sim um espaço turístico, que revelam em si muitas histórias, lendas, imponentes arquiteturas e os modos de vida de uma sociedade. E o cemitério da Recoleta tem tudo isso. Caminhar por suas alamedas é como caminhar em um museu a céu aberto.
Cemitério da Recoleta em Buenos Aires - história, arquitetura e turismo inusitado
Cemitério da Recoleta – breve histórico
O Cemitério da Recoleta foi fundado no ano de 1822 e projetado pelo arquiteto e engenheiro francês Prosper Catelin, inspirado no modelo do cemitério de Paris Père-Lachaise.
Foi ele o primeiro campo santo público portenho, implantado no antigo jardim da Basílica de Nossa Senhora do Pilar (que hoje é Monumento Histórico Nacional), erigido pelos monges da Ordem dos Recoletos em meados do século XVIII.
Cemitério da Recoleta – histórias e lendas
Em meio a este contexto, durante a visita ao Cemitério da Recoleta, é possível ver, a partir das lápides e mausoléus, histórias ali gravadas e lendas urbanas que podem ser bem conhecidas por meio das visitas guiadas que o cemitério oferece.
As histórias chegam, mas são transformadas, ao longo dos tempos, pelas diferentes pessoas que as recebe, e se tornam grandes lendas, ganhando as mais diversas versões emocionantes e arrepiantes.
Como diz o famoso ditado popular, “quem conta um conto, aumenta um ponto!”.
No caso em questão, Liliana teria ido com o marido Juan Szaszak, de origem húngara, para a Áustria passar férias no ano de 1970. Porém, ocorreram avalanches nas províncias austríacas orientais de Tirol e Vorarlberg, bloqueando diferentes turistas. Certo dia, uma destas avalanches atingiu o hotel onde o casal se encontrava dormindo. O marido conseguiu sair vivo, porém, Liliana, resgatada tempos depois, não resistiu.
Escultura de Liliana no Cemitério. Foto: Find a Graves |
Outra história que se tornou lenda foi a de David Alleno, um antigo empregado do cemitério, que tinha o sonho de ser enterrado em seu local de trabalho. E ele trabalhou muito para isso, mandando, inclusive, fazer na Itália, uma estátua sua, completa, com todos as ferramentas que utilizava no trabalho, como as chaves, regador e vassoura. Reza a lenda que, quando a sua tão esperada escultura chegou a Buenos Aires, ele teria saído trabalho e voltado para casa para cometer suicídio, só para finalmente ser enterrado ali.
Outro lenda curiosa é a da suposta Dama de Branco. Reza a lenda que Luz María faleceu vítima de leucemia aos 15 anos. Numa certa noite, um rapaz da alta sociedade avistou uma moça vestida de branco chorando na rua de traz do Cemitério da Recoleta. Ele se aproximou e, chocado por tamanha beleza da moça, a convidou para tomar um café.
Mausoléu de Luz María. Foto: Find a Graves |
Após isso se beijaram e ela se revelou a ele como sendo Luz María, e fugiu gritando que já era tarde. Ao se levantar para fugir, a jovem morta derrubou café no casaco do rapaz, que ele tinha colocado em seus ombros durante o choro. O rapaz a seguiu até o cemitério e aos gritos, conseguiu que o zelador o abrisse, e ao chegar no mausoléu que levava o nome da jovem, encontrou o seu casaco manchado de café. Luz Maria era filha do famoso dramaturgo portenho Enrique García Velloso, que expressou poeticamente a sua tristeza pela perda da filha, através de placas que se encontra no mausoléu da família.
Cemitério da Recoleta - onde "descansam em paz" celebridades e personalidades importantes
Quando a epidemia de febre amarela assolou Buenos Aires, a partir do final do século XIX, muitas das famílias mais abastadas deixaram seus antigos bairros de morada, como os bairros de Montserrat e San Telmo, e se instalaram na região norte, onde se encontra o cemitério. Assim, o bairro da Recoleta, bem como o cemitério homônimo, começou a ganhar novos contornos e imponentes edificações de bela arte e arquitetura. O então cemitério público e o próprio bairro passaram a ser conhecidos como locais de classe alta, e o campo santo preferido para o enterro das pessoas ricas e das celebridades.
Ali, no Cemitério da Recoleta foram enterrados líderes políticos, escritores, médicos, artistas, esportistas, empresários. Entre as personalidades locais e de projeção internacional se destacam a famosa Eva Perón, escritores Silvina Ocampo e Adolfo Bioy Casares, prêmios Nobel como Carlos Saavedra Lamas e Luis Federico Leloir, além de muitos outros.
Mausoléu de Evita. Foto: Expedia |
Cemitério da Recoleta – mausoléus, abóbodas e estátuas
E justamente por receber tantas personalidades políticas, artísticas e famílias mais abastadas da cidade, o Cemitério da Recoleta ganhou as mais belas obras de arte para um campo santo.
Durante a visita, nos impressionamos e pensamos que, pelo menos aparentemente, quanto maior, mais belo, requintado, detalhista, imponente e impressionante fossem os mausoléus, maior poderio econômico se revelava determinada família. Ou, pelo menos, poderia ser isso que queriam passar.
De primeira vista, o cemitério da Recoleta se destaca, entre tantos outros, a partir de sua arquitetura e arte. Ali se vê belíssimos e imponentes mausoléus de mármore, as diversas abóbadas e numerosas estátuas impressionantes, verdadeiras esculturas que conferem um ar bem peculiar ao local.
Muitos destes mausoléus foram projetados por importantes arquitetos da cidade, e mais de 90 abóbadas foram declaradas Monumento Histórico Nacional. Estas lindas obras da arquitetura se revelam com elementos decorativos de diversificados estilos indo do Gótico ao Art Decó.
Como chegar ao Cemitério da Recoleta – Buenos Aires
O Cemitério da Recoleta está situado à Rua Junín 1760, C1113, bairro Recoleta. CABA, Argentina. Já chegamos lá através do Buenos Aires Bus e também caminhando. Veja os detalhes no mapa.
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Já fui duas vezes para Buenos Aires mas eu nunca visitei o Cemitério da Recoleta, apenas passei em frente. Achei bem interessante e inusitado mesmo.
ResponderExcluirEu lembro quando estava planejando minha viagem para Buenos Aires uma amiga do trabalho me dizer: "Lembra de visitar o cemitério! Em Buenos Aires é ponto turístico!" haha Achei estranho mas confesso que fui! E tomei um sorvete Freddo numa sorveteria bem na frente do cemitério. Na época nem tinha esse sorvete na minha cidade (2014)! Amei seu post sobre o Cemitério Recoleta, está muito completo! Obrigada!
ResponderExcluirAdorei conhecer o Cemitério da Rocoleta de Buenos Aires pelo seu post. Como você disse, um cemitério pode ser um ponto turístico e o de Buenos Aires é cheio de esculturas e trabalhos artísticos muito bonitos. Além, claro, do túmulo da Evita. Uma dica interessantes de passeio em Buenos Aires!
ResponderExcluirNós fomos conhecer o Cemiterio da Recoleta quando estivemos em Buenos Aires. Estava no nosso roteiro porque amamos destinos inusitados. E realmente impressiona ver a beleza dos túmulos e as histórias por trás deles. Amei rever alguns túmulos. beijos
ResponderExcluirVisitei o Cemitério da Recoleta com vários colegas durante a Bienal de Arquitetura em Buenos Aires. Realmente um turismo inusitado e muito interessante! Adorei ler sobre as lendas. Essas eu não conhecia.
ResponderExcluirVisitar cemitério é realmente um passeio inusitado. Eu já estive no de Londres, e fui surpreendida. Mas o cemitério recoleta de buenos aires ainda não conheço, já fiquei interessada pelo seu post.
ResponderExcluirNao visitei o Cemitério Recoleta quando estive em Buenos Aires, mas seu texto me deixou com vontade de voltar e incluir no meu passeio! Muito lindo ele
ResponderExcluirJá fui ao Cemitério da Recoleta em Buenos Aires, principalmente para ver o túmulo da Evita. Visitar cemitérios é um turismo inusitado? Acho que sim, mas é cada vez mais frequente ver o Pére Lachaise em Paris, por exemplo, incluso nos roteiros pela cidade.
ResponderExcluirRealmente o Cemitério Recoleta é um tipo de turismo bastante inusitado em Buenos Aires, mas muito interessante! O passeio guiado deve ser bem legal. Gosto de ouvir as histórias e as lendas dos locais!
ResponderExcluirEstive no cemitério da Recoleta, quando fui pela 2 x a Buenos Aires, fui conhecer o pumulo da Evita Peron, confesso que achei mesmo um turismo bem inusitado, hahaaha.
ResponderExcluirQuando visitei o Cemitério Recoleta na Argentina achei o local realmente inusitado e fiquei impressionada com a grandiosidade de vários túmulos .
ResponderExcluirEstive 2x em Buenos Aires e não tive vontade de ir ao cemitério da Recoleta... realmente é um ponto turistico que não me atrai muito...
ResponderExcluirEmbora já tenha ido três vezes a Buenos Aires, nunca visitei o Cemitério da Recoleta, mas considero os cemitérios antigos verdadeiros museus a céu aberto e acho muito interessante visitá-los. Conheço alguns.
ResponderExcluirFui ao cemitério da Recoleta em minha terceira viagem para Buenos Aires, confesso que não chamava muito minha atenção então fui deixando para outra oportunidade, mas quando cheguei lá achei a visita muito interessante. Claro que fui procurar o túmulo de Evita, mas pelo caminho as esculturas que ornamentam os túmulos prederam minha atenção. Fui um passeio muito bom.
ResponderExcluirNada contra os cemitérios, especialmente, numa cidade grande, com tanta gente importante, como Buenos Aires. Acho interessante visitar os cemitérios e, sempre que tenho a chance, faço isso.
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